terça-feira, 26 de junho de 2012

Dinâmicas para trabalhar com os alunos!

Dinâmica: "qualidades e defeitos"
Objetivo: falar das qualidades e defeitos dos colegas.
Materiais: pedaço de papel, caneta
Procedimento: gostaria de sugerir uma dinâmica que fiz com meus alunos para falarmos das qualidades e defeitos. Entrega-se um pedaço de papel para cada participante e pede que desenhe a mão direita e a mão esquerda. Em cada dedo primeiro da mão direita escreve-se uma qualidade e na esquerda um defeito. O professor dá cerca de 20 minutos para escreverem. Ao final discute-se de acordo com o que cada um escreveu, finalizando que é mais fácil falar de características dos outros do que de nós mesmos e encerra dizendo que todos possuem qualidades e defeitos, porém temos que nos respeitarmos e valorizarmos nossas qualidades.

Dinâmica: "Conheço meu filho"
Objetivo: para reunião de pais
Materiais: Papel e caneta
Procedimento: Pedir que os alunos escrevam em um papel pequeno a seguinte frase: 'eu amo a minha família'. Não pode ser assinado. Todos os pedaços de papel deverão ter um número que corresponda ao número que o professor manterá em segredo. No dia da reunião todos os papeis serão colocados espalhados em uma mesa e os pais deverão reconhecer a letra do filho e pegar um papel. Depois o professor irá verificar se os pais acertaram e conhecem a letra de seus filhos. Ao invés do aluno escrever a frase, para os menores pode ser um desenho.

Dinâmica: " da folha de revista"
Material: folhas de revista, pátio ou sala, todos sentados em círculo
Procedimento: Dar uma folha de revista a cada participante e pede para que amassem bastante a folha, após todos amassarem pede para que desamassem novamente deixando a folha como era antes.
Ninguém irá conseguir, então explica-se que a folha representa as nossas palavras que uma vez ditas não podem mais serem consertadas, por isso devemos ter cuidado ao falar para que não venhamos a machucar o próximo.

Dinâmica: "do balão"
Objetivo: Reflexão
Material: balões, palitos de dentes, uma caixa de bombons ou algum outro prêmio
Procedimento: entrega-se um balão para cada participante e em seguida um palito de dentes, pede-se para todos se espalharem e diz o seguinte: -ganha esta caixa de bombons quem conseguir ficar com o balão sem estourar.
Sem que o professor mande todos os participantes correm para estourar os balões dos adversários para ganhar a caixa de bombons, mas geralmente não sobra nenhum balão. Depois o professor pergunta: em que momento eu pedi para vocês estourarem os balões dos colegas?

Dinâmica: “ da Pergunta Certa"
Objetivo: Esta dinâmica desperta a concentração e estratégia.
Material: papel e fita crepe
Procedimento: Esta dinâmica para funcionar independe da quantidade de pessoas participantes. Um exemplo, em um grupo o professor deverá colar um nome de um animal nas costas dos participantes, sem que eles vejam o que está escrito, terão que descobrir através de perguntas para os colegas, como por exemplo, “é peludo?” “tem quatro patas?” então ganha à dinâmica quem descobrir primeiro o nome que está escrito em suas costas, mas as respostas só poderão ser sim ou não.

Jogos de memória

Características
Como o próprio nome indica, ele requer boas estratégias de memorização dos integrantes para acumular pontos.
Origem Foi criado na China no século 15. Era formado por baralho de cartas ilustradas e duplicadas.
Por que propor: Para que os pequenos estabeleçam relações entre imagens e a posição no tabuleiro e, assim, desenvolvam estratégias de memorização.
Como enriquecer o brincar
■ Discuta com a turma as estratégias para localizar as figuras no espaço, como a fixação de um ponto de referência e a observação do entorno de uma figura.
■ Converse com os pequenos ao término de cada partida para socializar as táticas usadas por cada jogador.
O erro mais comum
Elaborar jogos da modalidade para fixar conteúdos. A modalidade impõe desafios por si próprios e não faz sentido ensinar recorrendo à memorização.

10 brincadeiras antigas

Mesmo com os vídeo games e computadores, as vezes precisamos incentivar algumas brincadeiras ao ar livre para as crianças. Pensando nisso, separamos algumas brincadeiras para as crianças.

1) TRILHA DO MACACO É uma corrida onde corre um representante de cada equipe. É desenhado no chão, duas amarelinhas gigantescas. O objetivo é atravessar essa amarelinha (como na brincadeira, não podendo pisar na linha) e chegar até o fim. Se pisar na linha, volta ao início. Quem sair da amarelinha e cruzar a linha de chegada primeiro vence.

2) TÚNEL CIRCULAR Dois círculos, um interno e outro externo. Um coloca-se de frente para o outro, de mãos dadas, formando um túnel circular. Alguém correrá por dentro do túnel; ao parar no meio de uma das duplas, ficará no círculo de dentro. Neste momento, a dupla deverá se desfazer, e seus componentes deverão correr por fora do círculo da seguinte forma: os dois correrão, em direções opostas, pela sua direita, por fora do círculo. Quem chegar primeiro ao seu local de origem dará as mãos ao que está parado, esperando. E quem chegar depois irá correr por dentro do túnel, procurando uma nova dupla.

3) LEVA E TRÁS Jogam duas equipes. Cada equipe ficará dentro de um campo circular e terá um líder inicial. Cada líder inicial deverá ficar sozinho em um grande campo distanciado dos outros campos por um espaço. No "Já" do mestre, os líderes iniciais sairão do seu campo e deverão correr, em direção ao campo da sua equipe, da onde irá tirar uma pessoa e, segurando ela pelas mãos, a levará para o seu campo. Essa pessoa, por sua vez, deverá fazer o mesmo. Voltar ao campo da equipe e buscar mais uma pessoa que fará a mesma coisa. A equipe que se completar primeiro vence.

4) CENTOPÉIA Jogam duas equipes. Em cada equipe, o primeiro jogador deverá colocar o braço esquerdo por baixo de suas pernas, que estarão afastadas; o segundo que está atrás, deverá segurar a mão do primeiro com a sua mão direita e colocar o braço esquerdo por baixo de suas pernas, que estarão afastadas; o terceiro que está atrás, deverá segurar a mão do segundo com sua mão direita e colocar o braço esquerdo por baixo de suas pernas, que estarão afastadas, e assim sucessivamente, até chegar ao último da coluna, formando uma centopéia. Ao sinal do mestre, estas centopéias terão que correr até uma árvore, dar a volta por ela, e retornar ao lugar de origem. Se alguém romper, é só consertar, não há penalizações. Ganha a centopéia que chegar primeiro ao lugar de onde saiu.

5) SACI Jogam duas equipes. Os participantes de cada equipe deverão estar na posição de um saci somente com um dos pés de apoio, no chão; a outra perna deverá estar flexionada para trás. O segundo jogador segurará a perna do primeiro; o terceiro, a perna do segundo e assim sucessivamente, todos colocando a mão no ombro do colega da frente. O último aluno da coluna também flexionará a perna. Ao sinal do mestre, estes sacis terão que correr até uma árvore, dar a volta por ela, e retornar ao lugar de origem. Se alguém romper, é só consertar, não há penalizações. Ganha o grupo de sacis que chegar primeiro ao lugar da onde saiu.

6) ZIGUE-ZAGUE Jogam duas equipes com números iguais de participantes. Os jogadores de cada equipe deverão estar dispostos em cada lateral da quadra, em ziguezague. O primeiro de cada grupo estará com uma bola. Ao sinal, deverá passá-la ao companheiro próximo, que vai passá-la ao outro, até chegar ao último. Este, ao receber, retorna ao seu companheiro, até quem iniciou a atividade. A equipe que cumprir a tarefa primeira vence a prova.

7) BOLA QUENTE Jogam duas equipes iguais. Os componentes de cada equipe deverão estar lado a lado, fazendo com que as equipes fiquem frente a frente. Os participantes estarão com as pernas esticadas para frente e com os braços para trás, apoiados no chão. Uma bola será colocada sobre as pernas dos primeiros jogadores de cada equipe. Ao sinal do mestre, deverão passar a bola, sem o auxílio das mãos. A bola tem que ir até o último da coluna e voltar até quem iniciou a atividade, passando pelas pernas de todos os alunos. A equipe que completar a primeira tarefa vence a prova.

8) CABRA CEGA Um grupo dá as mãos e forma uma roda. Escolhe-se a cabra cega, que ficará no centro da roda. A cabra cega tem seus olhos vendados e uma pessoa a rodará 25 vezes, fazendo com que ela fique zonza. A função da cabra cega é pegar uma pessoa da roda, que estará em movimento. Lembrando que em nenhum momento os componentes da roda podem soltar as mãos. A pessoa que foi tocada pela cabra cega é obrigada a deixar que a cabra cega apalpe seu corpo todo. Se a cabra cega errar, continua a brincadeira. Quem for descoberto, é a nova cabra cega.

9) GATO MIA A mesma regra da Cabra Cega, porém, quem for pego deverá miar, ao invés de ser apalpado.

10) TOURO HUMANO Uma pessoa será o touro. De cada vez, um participante montará no touro e tentará, em meio aos movimentos bruscos do touro, permanecer em cima dele. Ganha quem ficar mais tempo nas costas do "touro".

Sugestões de jogos para trabalhar a construção do número na Educação Infantil

JOGO DO TABULEIRO
Material: tabuleiro individual com 20 divisões, um dado com pontos ou numeração, material de contagem para preencher o tabuleiro (fichas ou tampinhas).
Aplicação: cada jogador, na sua vez, joga o dado e coloca no tabuleiro o número de tampinhas indicado no dado. Os jogadores devem encher seus tabuleiros.

2. JOGO TIRANDO DO PRATO-
Material: pratos de papelão ou isopor (um para cada criança), material de contagem (ex.: 20 para cada criança) e dado.
Aplicação: os jogadores começam com 20 objetos dentro do prato e revezam-se jogando o dado, retirando as peças, quantas indicadas pela quantidade que nele aparece. Vence quem esvaziar seu prato primeiro.

3. BATALHA
Material: baralho de cartas.
Aplicação: um dos jogadores distribui (divide) todas as cartas entre todos. Cada criança arruma sua pilha com as cartas viradas para baixo, sem olhar para as faces numeradas. Os jogadores da mesa (2, 3 ou 4) viram a carta superior da sua pilha e COMPARAM os números. Aquele que virar a carta de quantidade “maior” pega todas para si e coloca num monte à parte. Jogar até as pilhas terminarem. Se abrirem cartas de mesmo valor, deixar na mesa e virar as próximas do seu monte. Vence aquele que pegar o maior número de cartas (estratégias: comparar a altura das pilhas, contar, estimar).

4. LOTO DE QUANTIDADE
Material: dado com pontos, cartelas com desenhos da configuração do dado e fichas para marcar as cartelas sorteadas.
Aplicação: cada jogador recebe uma cartela com três desenhos que representem uma das faces do dado. Na sua vez, joga o dado e se tiver na sua cartela um desenho IGUAL ao da face sorteada, deve cobri-la com a ficha. Termina quando alguém cobrir os três desenhos da sua cartela.

5. JOGO DO 1 OU 2
Material: dado com apenas os números 1 e 2, ou fichas em uma sacola (números 1 e 2). Aplicação: Cada jogador, na sua vez, joga o dado, ou retira uma ficha. O jogador lê o número e procura identificar em seu corpo partes que sejam únicas (ex.: nariz, boca, cabeça) ou duplas (olhos, orelhas, braços). Não pode repetir o que o outro já disse. Caso não lembre, a criança passa a vez. Jogar até esgotar as partes.

6. SACOLA MÁGICA
Material: uma sacola, um dado, materiais variados (em quantidade).
Aplicação: uma criança joga o dado, lê o número e retira da sacola a quantidade de objetos correspondente à indicação do dado. Passa a vez a outro jogador, até que todos os objetos sejam retirados da sacola. Podemos comparar as quantidades no final.

7. FORMANDO GRUPOS
Material: apito, cartazes com números escritos.
Aplicação: as crianças se espalham em um lugar amplo, até que se toque o apito. A professora mostra um cartaz com o número e as crianças deverão formar grupos com os componentes de acordo com o número dito. Observar quantos conjuntos? Quantas ficaram de fora?

8. DEZ COLORIDOS
Material: canudos coloridos, copos de plástico e cartões com as cores dos canudinhos disponíveis.
Aplicação: as crianças formam grupos e cada uma retira de uma caixa maior um número determinado de canudinhos coloridos (ex.: pegue 10 canudinhos coloridos) e coloca em seu copo. Quando a professora sortear uma COR, os componentes colocam seus canudinhos da cor sorteada no centro da mesa. Solicitar que contem o total de canudinhos. Registrar os valores de cada grupo e recolher os canudinhos do grupo. Variação: o jogo pode ser individual (cada criança retira os canudos) e contam quem tirou mais / menos / mesma quantidade, etc.

9.Dominó ao contrário Este é de cores... O azul não se encosta ao azul, o verde não se encosta ao verde. Com esse jogo, a turma aprende a planejar e a corrigir. - COMO FAZER: Em uma folha de papel, faça o contorno de uma figura qualquer - um objeto, um animal ou uma forma geométrica. Divida-a aleatoriamente. Para os pequenos de quatro a seis anos e para os iniciantes de 7 a 10, faça até dez subdivisões para não dificultar muito. Quando sentir que os alunos maiores já dominam a atividade, aumente as subdivisões ou deixe que criem as próprias figuras.
- COMO JOGAR O jogo é individual. Cada aluno recebe quatro canetas hidrocor ou lápis de cores diferentes e a folha com a figura desenhada. Os pequenos podem trabalhar com giz de cera grosso, pintura a dedo e colagem de papéis ou de tecidos. O objetivo é colorir a figura usando as quatro cores sem deixar regiões vizinhas da mesma cor. Áreas limitadas pelo vértice podem ter tonalidades iguais. Se a criança não conseguir completar a figura, dê a ela a oportunidade de repintar algumas áreas. - VARIAÇÃO é possível trabalhar em duplas. As crianças precisam encontrar juntas uma solução para o desafio.

10. Arco íris-desenhar um no chão com giz ou tiras de papel crepom coloridas. Colocar no final do arco-íris um baú (caixa de papelão) com brinquedos, bexigas, objetos ou fantasias que correspondam às cores do arco-íris desenhado no chão. Execução: formar fileiras, uma para cada cor atrás de uma linha em frente ao arco-íris a mais ou menos 1m de distância ao sinal do professor, os primeiros de cada fila deverão sair andando por cima da linha até o baú e trazer um objeto que corresponda à cor de sua equipe. Todos deverão repetir o mesmo processo; a próxima criança sairá somente quando seu companheiro ultrapassar a linha de chegada. A equipe que primeiro completar o jogo será vencedora.

11.Arco – Íris B – quando utilizar bexigas, seguir o mesmo processo acima onde as crianças deverão pegar no baú uma bexiga que corresponda à cor de sua linha e estourá-la,

Jogo cooperativo

Características
A idéia básica desse tipo de jogo é a união de todos os participantes contra um inimigo comum - o próprio tabuleiro -, que pode ser representado por um personagem do jogo. Geralmente, ele possui caráter simbólico - por exemplo, a missão de um grupo de príncipes de evitar que uma princesa seja capturada por uma bruxa malvada.
Origem
Remonta às atividades tribais e aos rituais mágicos de diversas sociedades antigas para combater um inimigo comum real (como a chuva) ou imaginário (como duendes).
Por que propor
Para os pequenos refletirem sobre a importância de coordenar ações em conjunto e compreenderem regras estruturadas.
Como enriquecer o brincar
■ Ponha em debate, logo depois da partida, as decisões tomadas a respeito das jogadas executadas pelo grupo.
O erro mais comum
■ Oferecer só jogos cooperativos. A idéia de que competir é ruim não se sustenta. A importância de ofertar a modalidade está na diversidade de regras com que as crianças entrarão em contato.

Oito questões sobre como trabalhar com brinquedos

1 Como trabalhar bem sem uma brinquedoteca?
Ela não garante um trabalho bem-feito. Além disso, não é interessante que os brinquedos fiquem restritos a um ambiente. As crianças precisam encontrá-los em vários lugares e momentos. A preocupação maior deve ser em relação à organização do local e ao acesso dos pequenos aos itens. De nada adianta ter uma brinquedoteca se ela sempre estiver fechada ou se a turma só usá-la esporadicamente. Se ela existir, o acesso deve ser livre, assim como a circulação de brinquedos pela escola.

2 O que fazer se não existem brinquedos para todos?
É importante organizá-los para que sejam compartilhados, garantindo que todos brinquem. Os educadores devem planejar intercâmbios de objetos entre as turmas e a interação entre elas, inclusive reunindo crianças de idades diferentes. A garotada tem muito a ganhar com as trocas de idéias e o brincar se torna mais rico.

3 Armas de brinquedo devem fazer parte do acervo?
Mais do que decidir por incluir armas ou outros objetos, o importante é que as crianças possam elaborar idéias sobre o bem e o mal. Nas brincadeiras, o vilão é tão importante quanto o mocinho, portanto os pequenos têm de lidar com ambos no universo lúdico.

4 Há itens adequados para meninos e para meninas?
Não. Se o brincar é um modo de representar, experimentar e conhecer as culturas, não faz sentido imaginar que panelinhas são para meninas, e carrinhos, para meninos. Todos precisam ter acesso a qualquer item sem distinção e ficar livres para escolher com o que brincar. Quando os meninos, por exemplo, se negam a participar das brincadeiras de casinha por acreditarem que isso não é coisa de homem, os educadores entram em cena. Questionamos a validade da afirmação com os pequenos. Dizemos que existem homens que fazem as tarefas domésticas e perguntamos se a turma conhece alguém que faça isso no dia a dia.

5 É interessante usar sucata para incrementar o acervo?
Sim, não há problema em reaproveitar materiais. Ao eleger quais vão ser usados, é necessário questionar a utilidade que eles terão. Não se trata de aproveitar qualquer coisa para montar brinquedos, e sim criar brinquedos com objetos interessantes, de qualidade, bonitos e que não sejam perigosos. O ideal é deixar à disposição itens de uso não evidente, como rolos de papel-alumínio, e estimular os pequenos a conferir utilidade a ele, montando lunetas, binóculos ou cornetas, por exemplo.

6 Deve-se permitir levar brinquedos de casa?
Sim. As crianças gostam de fazer isso para mostrar ao outro quem são e do que gostam. Também o fazem para ter por perto um objeto pessoal com o qual se identificam e têm familiaridade. Combinados com a turma e com as famílias sobre emprestar os objetos para os colegas brincarem, ter cuidado para não danificá-los, misturá-los ao acervo, perder os esquecê-los ajuda a evitar problemas. É válido elaborar uma lista coletiva do que não é legal levar, dos brinquedos que não se quer emprestar, que tenham peças muito pequenas ou que já existam na escola e divulgá-la para os pais. Estipular um dia para que todos levem seus brinquedos pode ser uma alternativa interessante desde que não seja esse o único dia que eles tenham para brincar.

7 Quais objetos fazem as vezes dos brinquedos?
Há muitos que podem enriquecer a brincadeira. Quem acha que os pequenos precisam de algo específico são os adultos. O acervo pode ter coisas perenes, como caixas de madeira e tecidos, eles podem ser usados para construir diversos itens. Fitas métricas e lanternas também são ótimas para estimular a meninada a estudar e explorar o ambiente.

8 Como evitar que a turma destrua os brinquedos?
Primeiramente, é fundamental compreender que mesmo os objetos de qualidade não são eternos. Depois, brinquedo desgastado é sinônimo de brinquedo usado. Explique às crianças de que cuidados são essenciais para manter os itens em bom estado para serem usados por outros colegas que chegarão à pré-escola no futuro, por exemplo. Novos brinquedos no acervo, principalmente aqueles que o grupo não conhece, pedem atenção. Ninguém sabe como cuidar do que nunca viu e que não sabe como funciona.

Fonte: Revista Nova Escola-Abril


Saiba os brinquedos adequados para cada idade

Além da segurança, adequação do brinquedo à faixa etária é importante.

BEBÊS DE COLO E QUE ENGATINHAM
Estudos mostram que, desde o nascimento, os bebês são sensíveis ao seu meio ambiente e revelam que, ao nascer, suas percepções sensoriais respondem aos estímulos do olfato, paladar, som, tato e visão. Os bebês aprendem com seus brinquedos noções de tamanho, forma, som, textura e como funcionam as coisas.

CRIANÇAS ATÉ 2 ANOS
Brinquedos vistosos e leves, de várias texturas, estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato. Um móbile no berço diverte o bebê até que ele possa apanhar objetos. Esse é o momento de oferecer chocalhos, brinquedos com guizo para apertar ou um trapézio de berço para exercitar-se.
Bonecas de tecido e animaizinhos de pelúcia feitos de materiais atóxicos e não inflamáveis são gostosos de tocar e abraçar, mas não servem para chupar ou morder. As costuras devem ser resistentes e olhos e narizes devem estar firmemente costurados. Também são boas opções os fios contendo contas grandes para morder e bater, assim como brinquedos flutuantes para o banho.
Quando um bebê já consegue sentar-se, está pronto para brincar com cubos que tenham guizos embutidos ou ilustrações, com copos ou caixas que se encaixam uns dentro dos outros e com brinquedos ou argolas empilháveis. Nesta idade, os bebês começam a apreciar livros com ilustrações de objetos familiares.
Quando a criança começa a engatinhar ou a caminhar, os brinquedos mais estimulantes e divertidos são os de empurrar e puxar, como um pequeno vagão ou carrinho de boneca, bem como brinquedos de montar e desmontar, bonecas e bichinhos de pelúcia. E quanto a eles, lembrar que:
#Tenham peças grandes que não possam ser engolidas;
# Sejam leves para manusear;
# Não tenham pontas ou bordas afiadas;
# Sejam de cores vivas.

CRIANÇAS DE 2 A 3 ANOS
Pequenas crianças irrequietas precisam de brinquedos que ativem seu movimento corporal, seja um carrinho grande para puxar, subir nele ou levar seus brinquedos dentro dele e qualquer objeto para subir ou cavalgar. Também são boas opções os brinquedos para o ar livre, como bolas, brinquedos infláveis, espelhos ou caixas de areia com pás e cubos.
Para imitar o mundo adulto, a criança aprecia móveis em escala, aparelhos domésticos e utensílios de brinquedo, assim como fantasias e bonecas. Algumas habilidades psicomotoras, incluindo a coordenação entre o olho e a mão e o desenvolvimento da habilidade dos dedos e das mãos podem ser estimulados com brinquedos de montar e desmontar, blocos de tamanhos e formas diferentes, assim como jogos e quebra-cabeças simples.
Interessam-lhes também os instrumentos musicais como pandeiros, pianos, trombetas e tambores, bem como ouvir discos musicais e de contos infantis. O primeiro interesse por este tipo de brinquedo costuma ocorrer nesta idade, mas a atração da criança por certos brinquedos pode continuar por muito tempo.

CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS
As crianças nesta faixa etário são hábeis nos jogos de faz-de-conta, gostam de desempenhar papel de adulto e criar situações fantásticas. Fantasias e equipamentos que ajudem em seu mundo imaginário são importantes nesta etapa: entre eles lojas em miniatura com dinheiro de brinquedo, caixa registradora e telefone. Cidadezinhas, fortes, circos, fazendas, posto de gasolina, fantoches, bonecas e casas de boneca com móveis também são atração.
No mundo particular da criança, um brinquedo favorito lhe dá a sensação de segurança e companhia. Uma boneca ou um ursinho de pelúcia ajudou muitas crianças a superar momentos difíceis de sua vida infantil. Às vezes, as crianças expressam suas confidências a um brinquedo e compartilham com ele emoções que guardariam em segredo.
Os meios de transporte são fascinantes para as crianças. Caminhões, automóveis, aviões, trens, barcos e tratores divertem esta idade e as posteriores. Os brinquedos ao ar livre, como veículos com rodas e a primeira bicicleta com rodinhas de apoio são apropriados a esta faixa etária.
A capacidade de visualização e treinamento da memória, necessária para desenvolver a inteligência, pode ser exercitada por meio de jogos que exigem o uso da imaginação ou cálculo mental, tais como os jogos eletrônicos, os jogos de tabuleiro e os jogos de palavras e memória criados especialmente para esta faixa etária.

Porque brincar é importante para as crianças pequenas?

Brincar é importante para os pequenos e disso você tem certeza. Mas por quê? Sem essa resposta, fica difícil desenvolver um bom trabalho com as turmas de creche e de pré-escola, não é mesmo? Se essa inquietação faz parte do seu dia a dia, sinta-se convidado a estudar o tema. Ele rende pano para manga desde muito, muito tempo atrás.
No fim do século 19, o psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962), o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) e o psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) buscavam compreender como os pequenos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Até então, a concepção dominante era de que eles não faziam isso. "Investigando essa faceta do universo infantil, eles concluíram que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente", explica Clélia.
Wallon foi o primeiro a quebrar os paradigmas da época ao dizer que a aprendizagem não depende apenas do ensino de conteúdos: para que ela ocorra, são necessários afeto e movimento também. Ele afirmava que é preciso ficar atento aos interesses dos pequenos e deixá-los se deslocar livremente para que façam descobertas. Levando em conta que as escolas davam muita importância à inteligência e ao desempenho, propôs que considerassem o ser humano de modo integral. Isso significa introduzir na rotina atividades diversificadas, como jogos. Preocupado com o caráter utilitarista do ensino, Wallon pontuou que a diversão deve ter fins em si mesma, possibilitando às crianças o despertar de capacidades, como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas.
Já Piaget, focado no que os pequenos pensam sobre tempo, espaço e movimento, estudou como diferem as características do brincar de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.
As pesquisas de Vygotsky apontaram que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso, destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las. Ele afirmava que um importante papel da escola é desenvolver a autonomia da turma. E, para ele, esse processo depende de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas atividades, possibilitando aos pequenos desenvolver essa habilidade.

Fonte: Revista Nova Escola-Abril

Sugestões de leitura!

-Atividades Lúdicas na Educação da Criança
Autor: R.C.HAYDT e LEONOR RIZZI Editora:Ática Após uma introdução sobre a importância do jogo na educação infantil, o livro traz uma série de atividades que podem ser desenvolvidas com crianças da pré-escola e das séries iniciais do ensino fundamental.

-Só brincar? O papel do brincar na educação infantil Autor: Janet R. Moyles Editora: Artmed O brincar na Educação Infantil é ainda, e muitas vezes, considerado por pais e até mesmo por alguns educadores apenas um passa-tempo permitido na hora do recreio e em um ou outro momento da rotina. Esse livro de Janet R. Moyles afirma mais uma vez que é brincando que as crianças aprendem, pois é por meio da brincadeira espontânea que elas criam, interagem, imitam, jogam, experimentam... Conseqüentemente, o brincar deve estar fortemente presente na Educação Infantil. Só Brincar? aborda também o papel do professor e mostra quão fundamental é a presença de um adulto sensível, que organiza com cuidado o espaço da sala de aula e que intervém nos momentos certos, propondo atividades lúdicas de acordo com os interesses e expectativas de sua turma. O livro vai além e sugere maneiras de avaliar na Educação Infantil, de organizar a escola e o currículo no sentido de valorizar o brincar e de permitir aos pais descobrir o porquê dessa valorização. Para os profissionais que atuam em Educação Infantil, Só Brincar? é uma ótima sugestão de leitura.

-Invente jogos para brincar com seus filhos Autor: Cheryl Gerson Tuttle Co-autor: Penny Paquette Editora: Edições Loyola Tentar fazer com que seu filho largue o vídeo game para estudar matemática, é uma missão mais do que impossível? E quando você arruma um tempinho para ajudá-lo na lição de casa, vocês sempre acabam se irritando um com o outro? Pensando nessas questões, Cheryl Tuttle e Penny Paquette escreveram Invente jogos para brincar com seus filhos, um livro que traz inúmeros jogos para aperfeiçoar as habilidades de leitura, escrita e raciocínio matemático em crianças na idade pré-escolar e ensino fundamental. Cada jogo vem com uma explicação das habilidades que serão desenvolvidas, dos materiais utilizados e do tempo que será necessário para jogá-lo. Eles podem ser adaptados a sua família e são planejados para produzirem o máximo benefício no menor tempo possível. Você poderá ampliar conhecimentos científicos e matemáticos durante o café da manhã, ou exercitar formação de frases no caminho da escola! Segundo as autoras, esses jogos, além de desenvolver o pensamento criativo, elevam a auto-estima da criança que se sente muito mais integrada à família. O melhor é que, para que isso ocorra, os pais só precisam estar abertos às idéias novas e transformar cada minuto em uma deliciosa brincadeira de aprendizagem. Vale a pena tentar!

-Um jeito bom de brincar Autor: Elias José Ilustrador: Bia Sampaio e Sonia Magalhães Editora: FTD Tente falar bem rápido: “Só ganha arranhão quem agarra e gruda e agrada o gato na marra e esquece as garras prontas pra guerra”. E agora esta, gesticulando muito: “Se a mentira tem perna curta, como corre, corre tão depressa?”. Essas e muitas outras são poesias divertidas que você encontra no livro de Elias José. A graça é tentar inventar um jeito diferente de brincar com cada uma delas. Vale falar alto, sussurrar, cantarolar, representar, fazer mímica... Tanto faz, o que importa é criar “um jeito bom de brincar”